A Hora da Verdade

É amiguinhos, estamos aqui finalmente na minha querida São Paulo, a 200m do Bureau do Québec! Daqui a algumas horas é nossa entrevista. Agora é que um ano e meio de preparação vai ser testado em menos de uma hora!

Ano e meio esse que na verdade, muito mais do que uma preparação pra uma entrevista ou mesmo pra imigração, tem sido um mergulho cultural. O universo québécois é muito rico e a cada dia eu fico mais estupefato de pensar quão pouco eu sabia sobre ele, mesmo quando já conhecia o (resto do) Canadá razoavelmente bem. São dois mundos por um lado completamente distintos, por outro inegavelmente interligados! Hoje eu vejo claramente como não dá pra conhecer de verdade o Canadá sem conhecer o Québec… e ao mesmo tempo como em alguns aspectos são mesmo dois países diferentes!

E pensar que em janeiro de 2010 eu nunca tinha ouvido falar de Jean LeLoup, bonhomme sept-heures, Abitibi, paté chinois, québec solidaire, filles du roi, Wemindji, REER, CEGEP, caisses desjardins, allophones, têtes-à-claques, ostie de câlisse (pardon mes amis!), tire d’érable, 3 1/2, “job steadé”, “coat d’hiver”, bibites, bébelles…

Tenho plena consciência porém de que pra entrevista em si nem 10% disso importa: o que eles querem saber mesmo é da solidez do nosso francês, do nosso projeto de imigração e da nossa capacidade de ter sucesso profissional là-bas. Mostrar isso corretamente pro entrevistador é a nosso foco agora.

Mesmo assim, independentemente do resultado dessa entrevista, me sinto feliz e agradecido de qualquer forma por ter conhecido essa cultura, essas pessoas, essa experiência está valendo a pena de qualquer maneira! Especialmente nossos amigos québécois da ÉQ, que com toda a paciência têm sido nosso link com a língua e a cultura do (esperamos) nosso futuro país. Então seja lá qual for o resultado hoje, gostaria de dizer: Fanny, Lynne, Eddy, Camille, Renée, Valérie, Serge, Geneviève, Sarah (Tremblay), Catherine (à Rio), Catherine (Potvin), e especialmente à nossa querida Sarah, que há mais de 1 ano luta semanalmente para aperfeiçoar nosso francês neanderthal: muito obrigado mesmo por tudo!

Ontem assistimos novamente, um ano e meio depois, a bíblia audiovisual do imigrante, o nosso kickstart no processo do Québec: estamos falando é claro do “O último que sair fecha a porta”. O que mudou depois de um ano meio? (Bom, além é claro de entender o francês sem ter que ficar voltando vinte vezes… :)) Quando eu via o vídeo no início eu ficava imaginando como seria chegar nesse momento com toda uma bagagem de preparação, que eu sentiria ela como uma coisa realmente pesada, que colocaria uma pressão enorme no momento da entrevista… hoje, felizmente o que essa bagagem me dá, é o sentimento de já ter me tornado parcialmente québécois… independentemente da entrevista!

Felizmente não estamos nervosos, e os relatos de entrevista com M. LeBlanc até agora têm sido muito encorajadores. Mesmo assim, nosso guia na vida é a Lei de Murphy, então vamos sempre nos preparar para as piores possibilidades até o último momento! 🙂 Se dermos azar estamos preparados, se dermos sorte ótimo, melhor ainda!

Próximo post, com o resultado…

OBS: On regarde la TV5! En l’absence de Radio-Canada…

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